Mother and daughter talking

Cherie Benjoseph, LCSW Cofundadora da KidSafe Foundation

1ª dica de segurança

Os pais desempenham um papel importante conversando com os filhos sobre segurança pessoal. A maioria de nós não cresceu em famílias que conversam sobre segurança pessoal, sobre o corpo ou contatos físicos adequados ou inadequados. Hoje, os sobreviventes adultos de abuso sexual infantil podem expressar-se através de canais como os do movimento #MeToo. Nossos filhos não podem esperar até tornarem-se adultos para reclamar contra o abuso. Com a comunicação e as ferramentas adequadas, os pais podem ensinar seus filhos como expressar-se sobre a segurança pessoal. Conhecer os sinais de alerta de abuso sexual e como conversar à vontade com seus filhos são passos importantes para mantê-los seguros.

2ª dica de segurança

Conheça os fatos. Quanto mais soubermos sobre os riscos enfrentados pelas crianças, melhor podemos protegê-las. No caso de abuso infantil, 90% das vezes este é cometido por alguém que a criança conhece. 1 em 4 meninas e 1 em 6 meninos vivenciarão uma experiência de abuso ou exploração sexual antes de atingirem 18 anos. Crianças podem ser abusadas por adultos ou por outras crianças e adolescentes.

3ª dica de segurança

Comece ensinando aos seus filhos os termos corretos para as partes íntimas. As partes íntimas são as partes do corpo cobertas por um maiô ou roupa de banho. Torne o uso dos termos corretos para as zonas do corpo uma parte natural da comunicação em sua família. Os pais que usam os termos corretos transmitem uma mensagem de comunicação aberta e autorrespeito para seus filhos tornando-se assim ‘pais acessíveis e disponíveis’, um pai e uma mãe com quem a criança pode conversar sobre problemas pessoais. Quando se sente à vontade para falar sobre os órgãos genitais, você fornece ao seu filho uma ferramenta poderosa contra a exploração e o abuso. Se precisar falar sobre um contato inapropriado, seu filho será capaz de lhe contar o que aconteceu.

4ª dica de segurança

Comece desde cedo a ensinar seus filhos sobre consentimento. Dê a eles autonomia sobre o corpo. Isso pode ser feito de pequenas formas durante as rotinas do dia a dia. A maioria das crianças de quatro anos pode se vestir, se lavar e cuidar de si mesma e quando disser ‘Eu posso fazer sozinha’, ouça e respeite seu pedido. Peça permissão antes de oferecer uma ajuda que exija contato. Usar a linguagem do consentimento desde pequeno ajuda as crianças a aprender como usar a palavra “Não” e ser ouvida.

As crianças devem ter autonomia em relação a abraços e toques de outros, mesmo de familiares e amigos íntimos da família. Nunca devem ser forçadas a abraçar ou beijar outros.O objetivo é fazer a criança entender que seu corpo pertence apenas a ela e a mais ninguém, e permitir aceitar ou rejeitar abraços. Essas são oportunidades para praticar-se o consentimento desde cedo. Ser capaz de se expressar é uma habilidade de proteção pela qual seu filho deve ser elogiado e não repreendido.

5ª dica de segurança

Deixe seu filho saber que o corpo é especial e que pertence a ele. Introduza desde cedo a linguagem da segurança – toque adequado ou seguro e toque inadequado. Um toque seguro faz a criança se sentir à vontade, tranquila, amada, protegida e feliz. Um toque inadequado faz a criança se sentir incomodada, ferida, confusa, assustada, estranha, envergonhada, brava ou enganada. Diga a seu filho que venha até você e lhe conte o que aconteceu se alguém o tocar de maneira inadequada. Garanta-lhe que você vai ouvi-lo e que nada de mal lhe acontecerá por compartilhar o que ocorreu.

6ª dica de segurança

Avalie cuidadosamente as pessoas e as organizações às quais você confia seus filhos. Muito frequentemente nós assumimos rapidamente demais que uma pessoa é ‘confiável’ porque é um treinador, um professor particular, um professor de música, um líder do clube de escoteiros, uma babá, um padre ou religioso, um vizinho ou um parente. Comece simplesmente conversando com os cuidadores de seu filho sobre a segurança pessoal e a necessidade de proteger as crianças do abuso sexual. Essas conversas transmitem a mensagem de que você é uma mãe ou um pai vigilante e ativo. Isso tornará seu filho um alvo menos desejável para um agressor. Pergunte à administração da escola, do programa de esportes e após o horário escolar, do acampamento de seu filho, etc. quais passos foram tomados para a avaliação apropriada de professores, orientadores e treinadores. Você tem o direito e a responsabilidade de perguntar sobre qual tipo de treinamento é oferecido pela organização aos seus funcionários para prevenir o abuso sexual.

7ª dica de segurança

Dê voz ao seu filho. Mostre ao seu filho que você ouve. As crianças que são incentivadas e empoderadas a expressar-se estarão mais seguras e protegidas dos muitos perigos do mundo de hoje. Desenvolverão resistência e força, e se sentirão mais confiantes por saber que seus principais cuidadores sabem ouvir e estão acessíveis e prontos para conversar sobre qualquer assunto. 

A KidSafe Foundation é uma organização sem fins lucrativos cujo foco é tornar nossa sociedade mais segura para todas as crianças. A KidSafe fornece ferramentas, programas infantis e treinamento de professores para a prevenção do abuso sexual em nossos lares, escolas e comunidades. Empoderar pais, professores e crianças com habilidades e conhecimento é o melhor passo para a prevenção. Crianças empoderadas se tornarão adultos poderosos. Para mais recursos para pais e profissionais trabalhando com crianças acesse KidSafeFoundation.org.

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7 dicas de segurança para o empoderamento dos pais:Como conversar com seus filhos sobre a segurança pessoal e lhes dar voz para que se protejam contra o abuso sexual

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